sábado, 27 de fevereiro de 2010

...vamos nos libertando.



"O livro da história da nossa vida é feito das páginas que voltámos para trás". Fui eu que um dia escrevi esta frase. No tempo em que ainda desabafava em poemas e numa fase de grande mudança.

Hoje decidi rebuscar esta frase na sequência de uma frase que estava no Facebook (ai as novas tecnologias a mudar a nossa vida), referindo o quão dificeis são as despedidas mas que são elas que muitas vezes trazem a renovação necessária à nossa vida.

Sabemos que em alguns casos, afastarmo-nos de certas pessoas é quase como superar a ressaca de deixar uma droga. Fica um vazio imenso, mas com a experiência vamos sabendo que no final compensa, quando falamos de relações que não resultam e que sem nos apercebermos (devido ao maldito encantamento) estão a prejudicar a nossa caminhada. O pior é sair desse encantamento, é conseguirmos que aconteça aquele "clic" que nos faça acordar da hipnose. Uma vez conseguido, abrimos os olhos e acordamos finalmente para a realidade. No final superada a desilusão, ultrapassadas as saudades, renovadas as relações, saimos como novos, mais crescidos e mais aliviados. Valeu a pena! A vida continua...

"Eu sei que um dia vou chegar à conclusão que foi melhor assim, vou deixar de sofrer, mas só que neste momento só me apetece morrer..." Eu sei que é uma frase dramática, mas há certas separações que doem para caraças! Foi há uns anos e hoje já deixei de sofrer. E foi realmente melhor assim. É preferível aquela dor da separação do que arrastar eternamente uma amizade ou um namoro, o que quer que seja, que não traga nada de últil à nossa vida. Até hoje não me arrependi de nenhum rompimento brusco ou afastamento gradual. Se surgiu foi porque houve desilusão, se houve desilusão não valia a pena continuar... É que por cada espaço vago que fica, outras pessoas aparecerão, e nem nos apercebemos do que estamos a perder.

Comigo cada vez mais... Bola para frente!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

...avatamos e nem sabemos

Fui ver o Avatar! Achei que devia de ser original... Pronto já sei, não fui nada original... Mas ao menos sou uma das poucas pessoas que não o viu em 3D, ah pois é! E pus óculos e tudo! Mas só serviram para me fazer ver a imagem pior, mais escura e magoar as orelhas, porque coisas tridimensionais nem vê-las!

Dimensões à parte, não achei grande piada ao filme. Não me tocou por aí além. A história não tráz nada de novo e os cenários, talvez devido à ausência tridimensional da coisa, não me entusiasmaram por aí além. Mas tem uma mensagem interessante: As pessoas choram muito por cenários feitos a computador, criaturas azuis de olhos amarelos e orelhas bicudas mas estão-se nas tintas para as florestas e para os povos indigenas que foram e ainda hoje estão a ser dizimados. É muito curioso e faz lembrar a questão dos dinossauros. Eu explico! Eu detesto dinossauros (e nunca estive com nenhum). Porquê? Porque metemos as nossas crianças a brincar com bonecos deles, a ver filmes sobre eles, etc. e não queremos saber para nada dos animais que ainda existem e que os nossos filhos poderiam vir a ajudar a salvar da extinção, se soubessem que espécies são, ou como caçam e vivem, tal como sabem em relação aos dinossauros, só que estes não existem e a sabedoria dos nossos filhos sobre eles de pouco ou nada serve comparada com a utilidade da sabedoria que deviam ter sobre os animais que ainda... mexem... e precisam de ajuda.

Portanto o Avatar põe em evidência esta adoração e comoção que temos por coisas que não existem, que nunca existiram ou que deixaram de existir, mas que se assemelham a coisas reais pelas quais não temos grande empatia. Porque não choramos pelos povos africanos ou pelos povos índios como chorámos pelos Navi? Porque não choramos pela destruição da Amazónia como pela destruição de Pandora? Oh a madeira até dá jeito! E viver em sociedades consumistas também. Quem é que quer saber daquelas sociedades atrasadas que vivem de acordo com a natureza, em harmonia com os outros animais? Isso é muito bom mas é em Pandora! Para vermos com os óculos 3D, até parece real! Menos a mim, que só me magoam as orelhas...

Esta é para mim a grande qualidade do filme "Avatar", tentar chegar áqueles que acham que aquele enredo existe no cinema e que na realidade aquilo não acontece ou se calhar acontece mas ninguém quer saber disso para nada. Consumir dá jeito.

Pode ser que o filme consiga cumprir essa missão, a de chegar aos mais "dificeis". E já é uma grande missão, das mais importantes talvez. Quer-me cá parecer.


...vejo que a internet serve também para realçar a parvoíce que há em nós


A internet realça muita coisa. E a parvoíce é uma delas.

Sempre achei parvo que por cada vez que uma pessoa cai publicamente, a pessoa ao meu lado se tivesse de desatar a rir, chegando mesmo a ter de fazer uma paragem na nossa conversa (normalmente extremamente interessante...) para que despache a coisa, e olhem que às vezes ainda leva um bocado. Depois ainda há aquelas alturas em que vejo a queda mas não me apercebo da reacção, e só quando olho para o lado é que reparo que estive a falar para o boneco, pois o meu interlocutor esteve todo o tempo a rir-se intensamente da queda alheia. Eh pa, que os outros se riam, ainda vá, agora é preciso que a pessoa com que estou a falar seja um deles, não haverá cumprimidos para isto? E se lhe der uma chapada, será que se acalma? (Penso eu naquele momento). Bom, todo este sofrimento vivido pessoalmente e ao vivo transpôs-se para a internet!

Parece que o Pedro Abrunhosa durante um programa de televisão tropeçou e estratelou-se no chão. Claro, passou logo para o Youtube e... advinhem lá, criaram um até grupo no Facebook. Ah os grupos do Facebook! Um dia falamos aqui sobre esse assunto! Bom, sabemos que falamos de um dos nossos grandes músicos, mas é O momento de parvoíce e ninguém quer saber disso, o que interessa é que não pode ser deixado passar em claro, é uma queda, temos todos de rir muito! E por isso, por ser uma situação completamente hilariante, claro, que também já circula por e-mail (só espero que não me enviem, por favor poupem-me!).

Aqui entre nós que ninguém nos lê... Em relação ao video, pessoalmente acho bem mais hilariante a maneira como o apresentador corre para ajudar o Pedro Abrunhosa, que mais parece uma bailarina impestada de pulgas. (Mas isso sou eu que tenho um sentido de humor estranho e nunca me consegui rir de quedas! É uma falha minha).

...chega um novo blog a este mundo!

É verdade! Finalmente o sonho de toda a gente, vá lá, algumas pessoas, pronto, o meu, realizou-se! A Sara Gomes tem um novo blog!

Por razões pessoais e intransmissíveis, tive de deixar o meu antigo blog e vir de malas e... ideias, para esta nova casa. Mas, o outro, o antigo, o de sempre, lá continuará, pairando no cybermundo! Mas agora é vida nova, blog novo! Sim há muita coisa nova na minha vida e se tudo correr bem, muita coisa virá agora na sua continuação. Que o blog seja um bom sinal disso mesmo. Porque não? Não, não vou partilhar aqui a minha vida, nem contar nada a meu respeito, vou falar sobre ideias, opiniões, sempre de forma bastante séria, ou pelos, às vezes... Mas se quiserem podem deixar comentários sobre a vossa vida pessoal, um bocado de codrelhice nunca matou ninguém!