quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amigos para sempre...


Olá amigos, venho aqui reflectir um pouco sobre aquela que é para mim a mais bonita de todas as relações. Aquela em que não há mesmo interesse nenhum, nem sexual, nem de continuação dos nossos genes, aquela em que a haver algum interesse é algo bem discreto que parece mesmo completamente desinteressada.

Podiamos aproveitar esta capacidade relacional tão boa para sermos mais felizes e realizados e de certa forma até o vamos conseguindo fazer. No meu caso, embora sinta que por vezes acabo a pôr o pé na argola, a verdade é que não me estou a queixar, tenho não muitos mas bons amigos, mas não sei se estou a gerir bem o grupo. O que eu quero dizer e o seguinte:

Anda-me cá a parecer que nós não escolhemos as melhores pessoas ou os melhores amigos para nos dedicarmos mais afincadamente. Até os podemos deixar andar nas nossas redondesas, dedicar-lhes algum tempo mas aqueles que nós queremos mesmo ao pé de nós a tempo inteiro não são os melhores, são os mais familiares. Relacionamo-nos em circulo, queremos ter sempre as mesmas pessoas, com outros nomes e outras caras. Nem sempre é o amigo que nos ajuda mais que nós procuramos, nem o que nos ouve ou dá conselhos. E acredito que ele muitas vezes fique surpreso com o deterimento e se calhar alguns até acabam por deixar de ser o melhor. Queremos (inconscientemente) aquele que nos faz reproduzir a relação que tivemos com a nossa mãe, com o nosso pai, com as pessoas da nossa infância, do nosso crescimento e se esta não foi muito boa, em vez de escolhermos o melhor, escolhemos vá lá, o razoável... Não faz sentido, mas é aquele que nos dá o tal conforto e familiaridade.

Mas a questão é: os amigos não deveriam ser a familia que podemos escolher? Então, porque não escolhemos? Podemos contrariar esta tendência? Não sei, vou tentar e depois digo alguma coisa. Concordam com a teoria?