quarta-feira, 5 de junho de 2013

Darwin e as relações

Ah, as relações... Gosto de pensar nelas, de falar nelas, acima de tudo de as viver quando são boas, claro. E acho que estou certa, porque as pessoas mais felizes são aquelas que têm boas relações. Boas amizades, um bom casamento, animais de companhia. Todas essas relações são a base da felicidade. Não é o bom carro, o telemóvel, a casa com piscina, o número elevado de amigos. Mas a qualidade. Relações de qualidade, não tenho dúvidas disso. Mesmo que achemos não o sentimos, somos felizes quando temos bons amigos, namorado, o afecto sincero da família e isso fica registado em nós.
É curioso quando paramos para analisar as nossas relações, as pessoas que temos à nossa volta. E a parte mais interessante disso, é aquela em que ao fazermos isso estamos a analisar-nos a nós próprios. Porque nos relacionamos sempre connosco e por isso procuramos alguém o mais igual a nós possível, por isso será uma boa forma de analisarmos as nossas diferentes fases, olhando para as diversas pessoas que foram surgindo na nossa vida.
Mas quero dizer que ultimamente tenho pensado muito em como podemos associar as nossas relações à teoria de Darwin em relação às espécies. E não só na questão de sobrevivência do mais forte mas também na forma como atraimos as pessoas conforme estamos, ou seja, tal como para cada habitat existirão as espécies adequados, para cada estado de espírito surgirão na nossa vida as pessoas adequadas. Se somos um “terreno“ inóspito, surgirão pessoas adequadas a isso. Se estamos numa fase em que somos agressivos e não nos queremos relacionar, ao contrário do que sempre pensei, não ficamos sozinhos, atraimos pessoas que não se relacionam e gostam de ser agredidas, porque provávelmente foram criadas assim e isso é o normal para elas. E vão se agarrar ao seu terreno inóspido na esperança de ter sempre essas condições que lhe dão conforto. Essas são aquelas pessoas que aparecem quando estamos mesmo mal e entretanto já afastámos os outros.

Quando estamos bem e damos afecto e não somos agressivos, atraímos claro,
espécies adequadas a esse habitat, pessoas meigas que gostam de ser bem tratadas e que tratam bem os outros. Para cada habitat, existem as espécies adequadas, raramente o habitat ficará vazio. São muito poucos.
O ideal é sermos nós mesmos, sem medos, tentar obviamente estar bem, resolvendo os nossos problemas quando não estamos, mas acima de tudo sermos verdadeiros, não tentar agradar (ou desagradar) os outros. Assim atrairem a espécie certa. E isso não tem comparação. Estarmos com as pessoas certas para nós é o céu. Seja amigo, namorado, família... Não dúvido, se existe um céu é isto, passar a eternidade na companhia das espécies certas para o nosso habitat... inalterado.

2 comentários:

  1. Maria Sara. A tua teoria é gira, mas tem buracos! :P
    Para já, podes refazer o link que não funcemina? Obrigado.
    E depois, como explicas as relações familiares? São sempre as mesmas! Independentemente de sermos pessoas diferentes ao longo da vida, nisso concordo, temos sempre de levar com os mesmos trambolhos da nossa familia SEMPRE! E aquelas amizades que duram toda a vida?
    Eu bem mudei a forma do meu bico, mas comi sempre a mesma semente!

    Mas isso da auto-avaliação consoante o que atraímos, está bem pensado... ;)
    Estou a ver que os ares irlandeses estão a dar corda ao cérebro!
    Beijinhos!

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  2. Tânia Francisca, as relações familiares são a base de tudo, principalmente os pais. Porque vais passar a vida a reproduzi-las. Quando passas por alguma fase mais complicada, essas relações tb mudam, assim como os amigos de toda a vida (que não significa que sejam bons ou os indicados), dos quais nos podemos afastar mais ou menos. Com a familia é a mesma coisa. Podes até estar com eles todos os dias, mas esse estar pode não ser sempre o mesmo. Mudar de ares é sempre bom, para o cérebro e não só.

    P.S.: Tenho de analisar essa questão do link...

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